MyLifeBits: Nothing is better than the real thing.
A vida não é (completamente) digitalisável. Aceito que os scanners tenham uma neutralidade que a escrita não tem. Porque a escrita se deixa sempre contaminar por alguma ficção (mesmo que inconsciente).
Mas não se trata só de uma questão de honestidade rigorosa das máquinas, nem sequer da disponibilidade de terabytes de "espaço-tempo" virtuais. Nem mesmo da "sensibilidade" das máquinas digitalizadoras (os dpis dos scanners de imagem, por exemplo).
A ciência (Heisenberg, o principio da incerteza) e a Literatura (Borges, Bioy Casares, por exemplo) sabem que o virtual, a representação do real não pode atingir o próprio real. Porque há um momento em que o virtual se aproxima demasiado do real e é engolido.

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