O aborto é uma questão pessoal, íntima e que pertence ao domínio da consciência de cada um. Tenho dificuldade em aceitar que um estado possa legislar neste território.
Independentemente da minha posição pessoal acerca desta questão, sou inequívocamente a favor da despenalização da interrupção voluntária da gravidez e da obrigação por parte do estado em garantir condições seguras para a sua prática.
O que mais me choca é a indiferença cínica e a hipocrisia de quem quer proíbe atirando para o sofrimento e para a morte milhares de mulheres todos os dias. Esses pseudo-defensores da vida não têm qualquer problema de consciência em mandar a polícia perseguir mulheres fragilizadas que acabaram de fazer um aborto. É uma atitude miserável que me enoja e revolta.
[Leio numerosos posts acerca deste assunto na blogosfera. Achei particularmente acutilante o desabafo em Controversa Maresia - como não nos identificarmos com aquela revolta?
Ler também uma abordagem (ainda) mais completa (apesar de eu não subescrever tudo que aí se diz) em Triciclo Feliz.
Ou o depoimento mais pessoal em Respirar o Mesmo Ar.
A blogosfera é melhor que o país.]
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