"PEDRO - A coisa não deixa de ter a sua graça. Aqui estamos nós, convertidos em dois monstros, mas ainda na expectativa, como nos nossos melhores tempos, do nascer do sol, ainda ávidos de beleza. Hoje também voltará a nascer, Juan, o céu incendiar-se-á e o mar voltará a ser azul. Nós, no entanto, continuaremos iguais a ontem. Não mudaremos, não são possíveis milagres dessa espécie. Abriremos a nossa caixa de surpresas e verificaremos, uma vez mais, que está vazia.
JUAN - Talvez hoje seja diferente.
PEDRO - Não, não será.
JUAN - De qualquer forma, não podemos perder a esperança."

in Histórias Mínimas, Javier Tomeo


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